Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Aechmea calyculata (E.Morren) Baker LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 12-04-2012

Criterio:

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Aechmea calyculata não é endêmica do Brasil. A espécie possui ampla distribuição. Assim, foi avaliada como "Menos preocupante" (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Aechmea calyculata (É.Morren) Baker;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Aechmea calyculata var. variegata ;
  • > Aechmea lutea ;
  • > Aechmea selloana ;
  • > Aechmea thyrsigera ;
  • > Chevaliera thyrsigera ;
  • > Hohenbergia calyculata ;
  • > Hoplophytum calyculatum ;
  • > Macrochordion luteum ;
  • > Ortgiesia calyculata ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Dados populacionais

Na área de construção da Pequena Central Hidrelétrica Salto Forqueta, a espécie se destacou pela distribuição e densidade populacional. Nesta área, a espécie apresentou hábito facultativo, ou seja, apresentava-se tantocomo epífita, rupícola e eventualmente terrícola (Jasper et al. 2005).

Distribuição

A espécie ocorre em Mata Atlântica, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ocorre também em outros países da América do Sul (Martinelli et al., 2008). Muito rara em altitudes inferiores a 400 m, sendo mais comum em altitudes entre 500 e 1.000 m (Reitz, 1983).

Ecologia

Epífita, com cerca de 80 cm de altura, esciófita ou mais raramente de luz difusa, pouco frequente ou rara. Floresce nos meses de abril, maio, agosto e dezembro e frutifica em agosto (Reitz, 1983). Jasper et al. (2005) citam que a espécie pode ocorrer como epífita, rupícola e, ocasionalmente, como terrícola.

Ameaças

1.4.6 Dam
Detalhes A espécie foi encontrada na área de construção da Pequena Central Hidrelétrica Salto Forqueta (Jasper et al., 2005). Foi registrada em áreas inundadas no ano de 1999, com a instalação da Usina Hidrelétrica de Itá (Rogalski; Zanin, 2003).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Segundo Biodiversitas (2005), a espécie ocorre em áreas impactadas pela agricultura e construção de barragens e é suscetível as seguintes ameaças: 1- perda do habitat; 2- degradação do habitat.

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC) (Jasper et al., 2005. SegundoBiodiversitas (2005), ocorre no Parque Estadual do Turvo (RS) e RPPN Caraguatá(SC).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Deficiente de Dados" (DD) na Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie está em cultivo ex situ na APP da PCH Salto Forqueta (Jasper et al., 2005) e na propriedade particular Tropic Beauty, Nassau, Bahamas (Baensch; Baensch, 1998).

6 Other
Situação: needed
Observações: Segundo Biodiversitas (2005), são ações de conservação em desenvolvimento: 1- Conservação ex situ; 2- Pesquisa sobre taxonomia e distribuição; 3- Pesquisa sobre biologia/ecologia da espécie; 4- Proteção de habitats; 5- Recuperação de habitats; 6- Fiscalização;

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Foi considerada "Criticamente em perigo"(CR) na Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Usos

Referências

- REITZ, R. Bromeliáceas e a Malária - Bromélia Endêmica. 1983. 808 p.

- JASPER, A. ET AL. Metodologia de Salvamento de Bromeliaceae, Cactaceae e Orchidaceae na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Salto Forqueta - São José do Herval /Putinga - RS - Brasil. PESQUISAS, v. 56, 2005.

- MARTINELLI, G. ET AL. Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: Lista de Espécies, Distribuição e Conservação. Rodriguésia, v. 59, n. 1, 2008.

- ROGALSKI, J. M.; ZANIN, E. M. Composição Florística de Epífitos Vasculares no Estreito de Augusto César, Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, RS, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 26, n. 4, 2003.

- BAENSCH, U.;BAENSCH, U. Blooming Bromeliads. Bahamas: Tropic Beauty, 1998. 270 p.

- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; LEITMAN, P. ET ALSTEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Bromeliaceae. 2009. 186 p.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- FORZZA, R.C.; COSTA, A.; SIQUEIRA-FILHO, J.A.; MARTINELLI, G. Bromeliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB027600>.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Aechmea calyculata in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Aechmea calyculata>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 12/04/2012 - 18:51:14